sexta-feira, novembro 13, 2015

DUINTRAIL - 2015

No dia 01 de Novembro participei no Duintrail, em Schrool ( Norte da Holanda) 36,5 km . Este trail foi também o primeiro campeonato nacional de trail na Holanda. 
Schoorl já eu conhecia das provas de estrada de 30km, mas nos trilhos a beleza ainda é muito mais acentuada. Muito bosque de imensas arvores, pisos bastante bons para correr na 1ª parte, e na  2ª parte, depois da praia muitas e muitas dunas com muita areia, e muito pesado.

Fui fazer este trail só com um objetivo ( aliás os trail’s para mim têm sempre o mesmo objetivo), foi de fazer um treino bem pesado. Eu encaro este contacto com a natureza de uma forma não competitiva, e gosto de fazer estas “aventuras” de forma relaxante. Afinal estar em contacto com a natureza e fazer desporto é algo que eu gosto muito.

Tal como disse a primeira parte, entre subidas e descidas, consegui manter um excelente ritmo, até que houve o 1º abastecimento aos 17Km e tudo estava “normal”, mas eu sabia que mais uns 3 a 4 km teria de encarar a praia, mas esta só me deu complicações com a entrada e a saída pela areia solta, porque ao longo da água, num percurso de cerca de 1,5 km estava bem rija. 
Depois da praia é que foi complicado, durante quase 10 km só dunas de areia, muito solta, muito branquinha, mas muito pesado para os músculos. Comecei a travar uma luta, contra a areia e psicologicamente, não me deixar render. É nesses momentos que vemos o ponto da nossa condição física, mas nada de sofrimentos, é desligar os sentidos e olhar em redor e apreciar tudo o que nos rodeia. Pedaços a caminhar, pedaços a tentar correr, pedaços em que “vais no carrinho do armando, por vezes a pé, outras vezes andando” que maravilha!!


Nos últimos 5 a 6 km pensei em muitos momentos que eu seria o último atleta. Olhava em meu redor não via viva alma, depois da praia fui ultrapassado por dezenas de atletas, mas de vêz em quando lá eu sentia um ou outro a ultrapassar-me, e pensava eu Oí agora é que sou mesmo o último, mas depois lá passava outro, e eu animava-me,éh páh afinal talvêz não, lá de quando em vêz um elemento da organização a dar o seu suporte. Fantástico ter uma organização assim, são profissionais a sério e com tudo controlado.
Ao longo do percurso até deu para fazer comparação com a minha participação no TNLO, no passado mês de agosto. Eu estava a percorrer um trail pesado, mas sem nada de haver “survivel”, amaranhar por matos e pedras agarrado a cordas, mas corri, ou tive mais dificuldade e caminhei para me recompor. Acho que trail é isto mesmo, sem exageros que nada têm a ver com corrida em trilhos.  


Até que vejo no meu relógio 36 km....e pensei, agora não falta muito, e logo mais à frenteuma descida bem acentuada, cheia de areia branca, um espectáculo cheio de bandeiras, um músico de gaita de foles da escócia, maravilhoso eu estava a chegar ao final da prova com quase 37 km, e 4 horas e 38 minutos. Ufaaaaaa!!

Depois de passar a meta, uma cerveja ( Erdinger) sem álcool e o produto para recovery, e o copo de 0,5l foi quase num gole, enquanto o speaker de serviço me ia fazendo perguntas em público, deveria ter dado umas respostas bem linda devia....já nem sei o que disse, eu estava “todo roto”, mas muito satisfeito, pois tinha terminado o mais longo e mais pesado trail que eu tinha feito.




E tenho quase uma certeza, é que se houver saúde, para o ano estou lá de novo.....!!

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