segunda-feira, novembro 30, 2015

Mijendelloop - 2015

Mais uma vêz ( pela 5ª consecutiva) participei na Mijendelloop (25km) que já vai na sua 7ª edição. Para mim é uma tradição que pretendo, enquanto puder, sempre participar. Tem o principal objetivo de angariação de fundos para um projecto de àgua em Àfrica, e este ano foram angariados 2.600 euros. É uma prova que tem uma participação limitada ( 300 atletas), dado a mesma ser numa reserva natural.

E depois todo o ambiente em que a mesma está envolvida. O local de equipamento é nos estábulos dos cavalos, partida às 8 horas da manhã, percorrer os 25 km do percurso de muita beleza e no final o convívio entre uma taça de café com uma fatia de bolo de maça   ( típico holandês) com chantili. Nada melhor podemos ter do que uma bela corrida com um convívio e um prémio de presença uma shirt em que já vou nas 5 diferentes cores dos diferentes anos.
A corrida em si, não teve muita história, fui bem até aos 9 km e depois comecei a sentir as pernas pesadas, dado que tem sido muitas provas nos últimos meses. Então “desliga-se o motor” e vai-se apreciando a paisagem sem grande desgaste e aproveitando dum excelente treino a um sábado bem cedinho..!!

Se não fosse um “trambolhão” que dei por volta dos 17 km, onde o pé foi embater numa raiz de uma árvore, tudo  tinha corrido excelente. Mas uma queda simples e só deixou um joelho com um ligeiro corte, serve para abrir mais os olhos nas próximas....aí aí.!! E cheguei na meta com 2:02:46, já fiz melhor, mas estou muito satisfeito.


Para o ano lá estarei de novo...!!






Zevenheuvelenloop - 2015

Nijmegen é para mim uma das cidades Holandesas onde eu mais vezes participei em provas. É sempre muito agradável retornar a Nijmegen no mês de Novembro de cada ano e participar na famosa corrida Zevenheuvelen ( a corrida das sete colinas).Uma corrida em que grandes nomes do atletismo mundial participam, por exemplo Haile Gebrselassie, já participou várias vezes e foi detentor do recorde do mundo dos 15Km, entre outros nomes actuais.
  
Foram 33.000 participantes , nesta que já é a 32a edição, e onde a profissional organização tem todos os pormenores bem organizados. Estou colocado no bloco de cor amarela, e existe um controle rígido, a organização faz questão que quem corre com um determinado objetivo, e previamente identificado de edições de anos anteriores, esteja envolvido no seu ritmo de corrida. Por isso fazem duas coisas, para além desta forma da organização das partidas, ainda existe a cerca de 20 metros meta de partida um chamado “relógio de areia”, ou seja, uma passagem mais estreita que retêm os atletas, e quando passamos a linha de partida já tudo é muito mais fluído. Por isso 33.000 atletas levam cerca de 1 hora e 30 minutos a todos partirem. Ou seja, eu levei cerca de 8 minutos para iniciar a corrida, e quando cheguei à meta final ainda estavam os atletas mais lentos a partir. Isto é um pormenor entre muitos outros que poderia aqui descrever, a chegada com bastante espaço, locais para refrescar, até sabão líquido e papel de secar as mãos existe!!



Mas a minha corrida pautou-se por uma abordagem cautelosa e ver o que ía dar. Não fui com qualquer objetivo, estava frio, com chuva, muito vento, nada de grandes entusiasmos. Mas depois de passar a linha de partida o ritmo foi bom, mas tem duas subidinhas bem longas e que contam muito nas pernas, até aos 5 km. Aí fiz o tempo de 22:08 e fiquei entusiasmado. Para este percurso 22:08 é muito bom, porque depois vêm cerca de 2 km planos e dá para compensar, antes de entrar num sobe e desce de duas longas descidas e duas longas e complicadas subidas, até cerca dos 10 km. Quando passei a linha dos 10 km 44:18, ou seja eu tinha feito num percurso mais complicado um tempo idêntico 22:10. Bom aqui pus-me a fazer umas contas, conhecendo eu o percurso, em que só existia mais uma longa e martirizante subida, para depois cerca de 2 km o percurso ser a descer, até cerca de 1 km da meta. Vamos a isto, e embalei para os próximos 5 km, fui a dar-lhe bem, mas como ía embalado, apanhei nos últimos 500 metros muita gente em quebra, e a passagem estava “afunilada” para mim, tentei acelerar ainda um pouco, mas não valia a pena, porque estava algumas vezes apertado, pelos cansados.... foram só 21:56 neste bloco de 5Km, e no final tinha a marca de  1:06:14, que é o meu novo Recorde Pessoal dos 15 km.

Estou feliz, porque fui sem objetivo e terminei com um recorde pessoal.

Que venham as outras provas até final de 2015.
Em 2015 consegui já vários recordes pessoais, foram 6 !!!!. 



sexta-feira, novembro 13, 2015

DUINTRAIL - 2015

No dia 01 de Novembro participei no Duintrail, em Schrool ( Norte da Holanda) 36,5 km . Este trail foi também o primeiro campeonato nacional de trail na Holanda. 
Schoorl já eu conhecia das provas de estrada de 30km, mas nos trilhos a beleza ainda é muito mais acentuada. Muito bosque de imensas arvores, pisos bastante bons para correr na 1ª parte, e na  2ª parte, depois da praia muitas e muitas dunas com muita areia, e muito pesado.

Fui fazer este trail só com um objetivo ( aliás os trail’s para mim têm sempre o mesmo objetivo), foi de fazer um treino bem pesado. Eu encaro este contacto com a natureza de uma forma não competitiva, e gosto de fazer estas “aventuras” de forma relaxante. Afinal estar em contacto com a natureza e fazer desporto é algo que eu gosto muito.

Tal como disse a primeira parte, entre subidas e descidas, consegui manter um excelente ritmo, até que houve o 1º abastecimento aos 17Km e tudo estava “normal”, mas eu sabia que mais uns 3 a 4 km teria de encarar a praia, mas esta só me deu complicações com a entrada e a saída pela areia solta, porque ao longo da água, num percurso de cerca de 1,5 km estava bem rija. 
Depois da praia é que foi complicado, durante quase 10 km só dunas de areia, muito solta, muito branquinha, mas muito pesado para os músculos. Comecei a travar uma luta, contra a areia e psicologicamente, não me deixar render. É nesses momentos que vemos o ponto da nossa condição física, mas nada de sofrimentos, é desligar os sentidos e olhar em redor e apreciar tudo o que nos rodeia. Pedaços a caminhar, pedaços a tentar correr, pedaços em que “vais no carrinho do armando, por vezes a pé, outras vezes andando” que maravilha!!


Nos últimos 5 a 6 km pensei em muitos momentos que eu seria o último atleta. Olhava em meu redor não via viva alma, depois da praia fui ultrapassado por dezenas de atletas, mas de vêz em quando lá eu sentia um ou outro a ultrapassar-me, e pensava eu Oí agora é que sou mesmo o último, mas depois lá passava outro, e eu animava-me,éh páh afinal talvêz não, lá de quando em vêz um elemento da organização a dar o seu suporte. Fantástico ter uma organização assim, são profissionais a sério e com tudo controlado.
Ao longo do percurso até deu para fazer comparação com a minha participação no TNLO, no passado mês de agosto. Eu estava a percorrer um trail pesado, mas sem nada de haver “survivel”, amaranhar por matos e pedras agarrado a cordas, mas corri, ou tive mais dificuldade e caminhei para me recompor. Acho que trail é isto mesmo, sem exageros que nada têm a ver com corrida em trilhos.  


Até que vejo no meu relógio 36 km....e pensei, agora não falta muito, e logo mais à frenteuma descida bem acentuada, cheia de areia branca, um espectáculo cheio de bandeiras, um músico de gaita de foles da escócia, maravilhoso eu estava a chegar ao final da prova com quase 37 km, e 4 horas e 38 minutos. Ufaaaaaa!!

Depois de passar a meta, uma cerveja ( Erdinger) sem álcool e o produto para recovery, e o copo de 0,5l foi quase num gole, enquanto o speaker de serviço me ia fazendo perguntas em público, deveria ter dado umas respostas bem linda devia....já nem sei o que disse, eu estava “todo roto”, mas muito satisfeito, pois tinha terminado o mais longo e mais pesado trail que eu tinha feito.




E tenho quase uma certeza, é que se houver saúde, para o ano estou lá de novo.....!!