Brielle
é um local fantástico para fazer uma corrida de longa distância. Já lá tinha
estado em dois anos anteriores e este ano, tinha boas expectativas para esta
corrida de 30 km. São só algumas dezenas de atletas que participam nas várias distâncias ( 1 e 2 km
para os mais jovens e ainda 5, 10, 25 e 30 km para os mais adultos), no total o
máximo foram 200 atletas, nesta corrida organizada pelo clube de atletismo local.
Ainda no
sábado, a maldita dor na região do quadril, fez sinal de presença e fiquei
limitado todo o dia e quase que tomei a decisão de não ir participar nesta
corrida no domingo. Mas, mais umas pomadas e uns anti-inflamatórios e fui
tentar no domingo de manhã.
Fui com
mais duas colegas, que também estão a preparar a participação na Maratona de
Roterdão, e elas ficaram surpreendidas de eu estar assim de novo e se eu estava
apto a participar. A minha ideia era ver como me sentia durante o aquecimento,
depois no inicio da corrida e se fosse caso de haver muita dor, simplesmente
desistia. Só que para desistir teria que ser no máximo até aos 10 km, porque
depois já estaríamos muito distantes para tomar decisões, e no outro lado do
lago, seria complicado regressar.
Bom deu-se
a partida e lá fui eu em passo lento, 5:10 / 5:15, para ver como iria reagir.
Estava um frio, mas frio a sério ( -3 graus), com muito vento forte onde a
sensação térmica era de -15 graus. Uii!! Eu estava com os músculos quentes e a
sentir-me bem, as minhas colegas iam lá na frente e eu cá atrás até por volta
do 3º km estava tudo bem e aumentei o ritmo e aproximei-me delas e coloquei-me
com aquela que ía mais à frente agora num ritmo de 4:55 / 5:00, óptimo!!. Não me estava a doer
nada, nem parecia a mesma pessoa de sábado e lá fomos, 10...15... 17 km tudo
bem, por volta dos 18 uma ligeira dor, mas nada de preocupante e fui para um
andamento mais lento, deixei a primeira colega ir no ritmo dela e passou-me a
outra colega e viram que eu estava a tentar reorganizar-me, e assim fui até por
volta dos 20 km, mas a dor começou a aumentar o ritmo a baixar, o vento forte e
gélido a incomodar muito, e as pernas a não quererem nada de nada. Fui fazendo o resto em ritmo de
trote, e a lembrar-me do mesmo que me tinha acontecido na Maratona de Amsterdam
.
Desistir
nunca esteve no meu pensamento, mas que esteve complicado esteve. Mas foi uma
luta contra todos os elementos nos 10 km finais, vento frontal muito gélido a
dor muito incomodativa, a solidão, os mais lentos a passarem por mim. Enfim
terminei com 2 horas 53 minutos 18 segundos.
Conclusão,
mais umas visitas ao terapeuta, para tentar repor tudo de novo no sítio.
Treinar nada esta semana, recuperar, para ver se na semana que vem, existe uma
evolução nos treinos lentos.
Para Roterdão faltam 3 semanas!!!!
Descobri
hoje que o meu problema é : Inflamação
da Articulação Sacroiliaca