quarta-feira, março 27, 2013

Brielle - 30 km



Brielle é um local fantástico para fazer uma corrida de longa distância. Já lá tinha estado em dois anos anteriores e este ano, tinha boas expectativas para esta corrida de 30 km. São só algumas dezenas de atletas  que participam nas várias distâncias ( 1 e 2 km para os mais jovens e ainda 5, 10, 25 e 30 km para os mais adultos), no total o máximo foram 200 atletas, nesta corrida organizada pelo clube de atletismo local.


Ainda no sábado, a maldita dor na região do quadril, fez sinal de presença e fiquei limitado todo o dia e quase que tomei a decisão de não ir participar nesta corrida no domingo. Mas, mais umas pomadas e uns anti-inflamatórios e fui tentar no domingo de manhã.
Fui com mais duas colegas, que também estão a preparar a participação na Maratona de Roterdão, e elas ficaram surpreendidas de eu estar assim de novo e se eu estava apto a participar. A minha ideia era ver como me sentia durante o aquecimento, depois no inicio da corrida e se fosse caso de haver muita dor, simplesmente desistia. Só que para desistir teria que ser no máximo até aos 10 km, porque depois já estaríamos muito distantes para tomar decisões, e no outro lado do lago, seria complicado regressar.

Bom deu-se a partida e lá fui eu em passo lento, 5:10 / 5:15, para ver como iria reagir. Estava um frio, mas frio a sério ( -3 graus), com muito vento forte onde a sensação térmica era de -15 graus. Uii!! Eu estava com os músculos quentes e a sentir-me bem, as minhas colegas iam lá na frente e eu cá atrás até por volta do 3º km estava tudo bem e aumentei o ritmo e aproximei-me delas e coloquei-me com aquela que ía mais à frente agora num ritmo de  4:55 / 5:00, óptimo!!. Não me estava a doer nada, nem parecia a mesma pessoa de sábado e lá fomos, 10...15... 17 km tudo bem, por volta dos 18 uma ligeira dor, mas nada de preocupante e fui para um andamento mais lento, deixei a primeira colega ir no ritmo dela e passou-me a outra colega e viram que eu estava a tentar reorganizar-me, e assim fui até por volta dos 20 km, mas a dor começou a aumentar o ritmo a baixar, o vento forte e gélido a incomodar muito, e as pernas a não quererem  nada de nada. Fui fazendo o resto em ritmo de trote, e a lembrar-me do mesmo que me tinha acontecido na Maratona de Amsterdam .  


Desistir nunca esteve no meu pensamento, mas que esteve complicado esteve. Mas foi uma luta contra todos os elementos nos 10 km finais, vento frontal muito gélido a dor muito incomodativa, a solidão, os mais lentos a passarem por mim. Enfim terminei com 2 horas 53 minutos 18 segundos.

Conclusão, mais umas visitas ao terapeuta, para tentar repor tudo de novo no sítio. Treinar nada esta semana, recuperar, para ver se na semana que vem, existe uma evolução nos treinos lentos. 

Para Roterdão faltam 3 semanas!!!!


Descobri hoje que o meu problema é : Inflamação da Articulação Sacroiliaca


sexta-feira, março 15, 2013

City Pier City - 2013


A minha 17ª Meia Maratona foi simultânemente  a minha 8ª CPC ( ou seja City Pier City a ½ maratona de Haia). Não são muitas ½ maratonas, mas elas têm um significado e um carinho muito especial para mim, foi o meu primeiro desafio em termos de corrida e aquele que me marcou para sempre no atletismo.
Foram pessoalmente complicados os dias anteriores a esta ½ maratona, 2 semanas antes apareceu uma gripe, mas também já vinha há dias a agravar-se o velho problema nas  costas e tive de recorrer a uma terapia manual ortopédica, que teve uma recuperação a tempo de participar, mas foi dolorosa. Depois a pior de todas as dificuldades foi a morte de uma amiga jovem de 23 anos, doente de cancro, dias antes deste CPC.  
  
Este ano tínhamos a esperânça da participação da Amélia, dado que o ano passado ela esteve incapacitada para participar, com o problema da Fáscite Plantaris. Acontece que em dezembro passado, o problema da Fáscite Plantar passou agora para o outro pé ( primeiro foi o esquerdo, depois o pé direito). Após algumas sessões de ondas de choque, vimos que a ½ maratona não poderia ser  realizada, e trocamos o plano para a distância de 10km, neste mesmo dia. Tudo estava a correr como previsto e durante um treino a poucas semanas, o problema agravou-se e com tão pouco tempo para recuperar, deitou-se por terra a participação, nesta festa desportiva, que este ano reuniu nas várias distâncias 35.000 atletas ( a correr mesmo!!).

Um dia muito gélido, com muito vento, neve e nem um raio de sol, tornou este CPC um dos mais desconfortáveis das 39 edições já realizadas. 

A festa desportiva não deixou de se realizar, mas os participantes, queixavam-se mais das condições climatéricas do que do esforço despendido nas provas desportivas.

Esta  ½ maratona foi desportivamente para mim, mais um teste à preparação da Maratona de Roterdão a 14 de abril. Apesar de todas as dificulades, senti-me bem, especialmente entre os 15 e 20 km, onde a passagem pelo boulevard de Scheveningen ( praia), tinha as piores condições climatéricas que já referenciei, e mesmo perdendo alguns segundos no meu ritmo, ultrapassei aquele obstáculo e não me fez muito desgaste físico.

No que é respeitante ao números e resultados foram 8203 os participantes ( só na ½ maratona) que chegaram ao final, tive a classificação 1086 na geral e na categoria ( Homens 50 anos) fui o 59º entre   715 que se classificaram a uma media de  13,199 km/h . O meu tempo foi de 1 hora 35 minutos e 54 segundos ( ou seja 1 minuto mais lento do que em 2012).

Venham agora, dia 24 de março, os 30 km de Briele.



#CPC13 Sfeerverslag ABN AMRO CPC Loop Den Haag from Like2Run on Vimeo.