Desde as questões pontuais de organização ( inscrições ; dorsais ; partidas ;chegadas ; abastecimentos ; etc etc), passando pelo percurso da prova, de 10 milhas (16,1 km) que é fascinante o envolvimento de milhares de pessoas, durante todo o dia, com a passagem dos atletas. Os bairros norte de Amsterdam( onde as casas típicas são lindas) com os seus canais, as ruas ficam totalmente embaideiras e cheias de música, como se estivessemos a correr numa romaria. Descrever aquilo que sentimos é algo muito especial.
Este ano vão participar cerca de 50 mil atletas ! Ufaaa ! Mas a organização, consegue fazer as partidas de uma forma tão fluída, que iniciam-se às 11 horas e os últimos fazem a sua partida às 15 horas. Ou seja a cada 10 minutos partem cerca de 1500 a 2000 atletas devidamente repartidos e com uma organização perfeita. Nesta prova participam atletas que vão correr e não são misturados, com caminheiros, ou as passeatas de avós e netos, que frequentemente vejo em Portugal. Correr é correr e caminhar é outra coisa, não se misturam as coisas !!
Uma nota curiosa foi a inscrição online, que sempre é no dia 1 de Abril, ou seja 5 meses e meio antes, e os quase 40 mil participantes esgotaram em 2 horas as inscrições. Magnífico !!! Outra nota é que já desde a semana passada ( 2 semanas antes) estamos em poder dos nossos dorsais enviados para casa por correio, o que é uma prática nas provas na Holanda. Ainda mais uma nota que sos sobressai, é a logística de transporte dos sacos entre o local de partida ( em Amsterdam) para o local de chegada ( Zandaam) a 16 km. O numero de dorsal corresponde ao número do saco, que por sua vêz é colocado num camião que vai corresponder à grelha de partida que está designada préviamente em função do numero de dorsal.Então é fácil, porque quem vai partir às 11 horas não se mistura com os que vão partir ás 15 horas, e depois no final da corrida a mesma coisa, porque essa fluidêz funciona na perfeição, e porque existe um batalhão de voluntários que organizam toda essa logística dos sacos por ordem dos numeros que estão no dorsal.
De notar que em 1985 participaram 4.300 atletas e no ano de 2009 ( teve uma prova especial à noite, para comemoração dos 25 anos ) participaram no total 73.000 atletas ( entre todas as corridas de crianças, as 4 milhas e as 10 milhas). Por isso este ano é bem possível ( mesmo sem ser ano especial) que ultrapasse os 50 mil.
Nós estamos a participar mais uma vêz ( Xavier 3 e Amélia 2) e sempre que nos seja possível estaremos lá presentes. Este ano estamos íncluídos logo junto dos atletas que vão competir a sério ( logo nos 1os 1.500), vamos partir logo às 11 horas, e vamos ter uma nova sensação, de estarmos ali junto dos atletas de elite. Certamente estaremos atráz dos Quenianos/Etíopes, etc. hahahah
Esta prova já teve vitórias Portuguesas nos anos 80 com Fernando Mamede e Domingos Castro, com resultados que ainda constam no top3 desta prova. Este ano não estão na lista de partida atletas Portugueses. O ano passado estavam!!
http://www.damloop.nl/index5ab4.html?option=com_content&view=article&id=50&Itemid=10
4 comentários:
Olá Xavier!
Magnífica prova deve ser essa.
Agora vão ter de ser vocês a defenderem a nossa bandeira.
Os quenianos que se cuidem!
Boa prova (quem me dera participar!)
Luís Mota
Olá Xavier,
Pelo que descreve e uma prova mediática pelo numero de inscritos.
Prova que não se deve faltar, gostaria tanto participar numa edição, :-).
Tudo vos corra pelo melhor.
Bis e abraço
Vítor
Adorei este texto que fala sobre a realidade das provas na Holanda que para mim era totalmente desconhecida.
Mas se é complicado estar a comparar provas que se realizam num mesmo país (porque muitas vezes os meios logísticos são muito diferentes) comparar provas em nações diferente é algo que não faz muito sentido.
Em Portugal não se podia organizar uma prova nesses termos porque era impossível obter autorização para ter o transito cortado durante tantas horas e alem do mais caso fosse possível dificilmente haveria alguma organização com verba para pagar os custos do policiamento (que em Portugal são pagos pelas organizações e são cada vez mais elevados).
É uma questão cultural ou de falta de um certa cultura desportiva que permita ter o transito cortado durante horas.
Mesmo a simples realização de uma maratona em Lisboa implica imensos protestos por parte dos automobilistas e não há um corte total do transito mas sim um gestão do mesmo de modo a que não circulem carros nas artérias em que os atletas estão a passar.
Mas temos provas excelentemente organizadas e conceituadas a nível internacional com é caso da Meia Maratona de Lisboa só para dar um exemplo.
É claro que se houvesse outra cultura desportiva e outra olhar das autoridades a referida prova poderia, talvez, enveredar por outro tipo de partida que permitisse separa os participantes da mini dos das meia a semelhança do que acontece na Ponte vasco da Gama na meia Maratona de Portugal onde o comprimento da ponte permite essa separação sem implicar outro tipo de problemas do ponto de vista técnico.
Boa prova são os meus votos!
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