No dia 01
de Novembro participei no Duintrail,
em Schrool ( Norte da Holanda) 36,5 km . Este trail foi também o primeiro
campeonato nacional de trail na Holanda.
Schoorl já eu conhecia das provas de estrada de 30km, mas nos trilhos a beleza
ainda é muito mais acentuada. Muito bosque de imensas arvores, pisos bastante
bons para correr na 1ª parte, e na 2ª parte,
depois da praia muitas e muitas dunas com muita areia, e muito pesado.
Fui fazer
este trail só com um objetivo ( aliás os trail’s para mim têm sempre o mesmo objetivo),
foi de fazer um treino bem pesado. Eu encaro este contacto com a natureza de
uma forma não competitiva, e gosto de fazer estas “aventuras” de forma
relaxante. Afinal estar em contacto com a natureza e fazer desporto é algo que
eu gosto muito.
Tal como
disse a primeira parte, entre subidas e descidas, consegui manter um excelente
ritmo, até que houve o 1º abastecimento aos 17Km e tudo estava “normal”, mas eu
sabia que mais uns 3 a 4 km teria de encarar a praia, mas esta só me deu
complicações com a entrada e a saída pela areia solta, porque ao longo da água,
num percurso de cerca de 1,5 km estava bem rija.
Depois da praia é que foi complicado, durante quase 10 km só dunas de areia,
muito solta, muito branquinha, mas muito pesado para os músculos. Comecei a
travar uma luta, contra a areia e psicologicamente, não me deixar render. É
nesses momentos que vemos o ponto da nossa condição física, mas nada de
sofrimentos, é desligar os sentidos e olhar em redor e apreciar tudo o que nos
rodeia. Pedaços a caminhar, pedaços a tentar correr, pedaços em que “vais no
carrinho do armando, por vezes a pé, outras vezes andando” que maravilha!!
Nos últimos
5 a 6 km pensei em muitos momentos que eu seria o último atleta. Olhava em meu
redor não via viva alma, depois da praia fui ultrapassado por dezenas de atletas,
mas de vêz em quando lá eu sentia um ou outro a ultrapassar-me, e pensava eu Oí
agora é que sou mesmo o último, mas depois lá passava outro, e eu animava-me,éh
páh afinal talvêz não, lá de quando em vêz um elemento da organização a dar o
seu suporte. Fantástico ter uma organização assim, são profissionais a sério e
com tudo controlado.
Ao longo do percurso até deu para fazer comparação com a minha participação no
TNLO, no passado mês de agosto. Eu estava a percorrer um trail pesado, mas sem
nada de haver “survivel”, amaranhar por matos e pedras agarrado a cordas, mas
corri, ou tive mais dificuldade e caminhei para me recompor. Acho que trail é
isto mesmo, sem exageros que nada têm a ver com corrida em trilhos.
Até que
vejo no meu relógio 36 km....e pensei, agora não falta muito, e logo mais à
frenteuma descida bem acentuada, cheia de areia branca, um espectáculo cheio de
bandeiras, um músico de gaita de foles da escócia, maravilhoso eu estava a
chegar ao final da prova com quase 37 km, e 4 horas e 38 minutos. Ufaaaaaa!!
Depois de passar
a meta, uma cerveja ( Erdinger) sem álcool e o produto para recovery, e o copo
de 0,5l foi quase num gole, enquanto o speaker de serviço me ia fazendo
perguntas em público, deveria ter dado umas respostas bem linda devia....já nem
sei o que disse, eu estava “todo roto”, mas muito satisfeito, pois tinha
terminado o mais longo e mais pesado trail que eu tinha feito.
E tenho
quase uma certeza, é que se houver saúde, para o ano estou lá de novo.....!!
VÍDEO DA CHEGADA: https://results.chronotrack.com/athlete/index/e/17934467
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