A Maratona de Amsterdam, e tal como falei ontem, foi fantástica!
O ambiente que envolveu esta prova foi especial, pois a organização tinha tudo mas tudo controlado de forma a que fosse um êxito. Quem ainda não conhece deve apostar em participar nesta prova. Eu já tinha tido um "cheirinho da boa organização" à dois anos atráz, na prova de 8 km, quando ainda não me imaginava fazer algum dia uma maratona.
Fomos bem cedo para Amsterdam (eu e a Amélia), e 8 horas da manhã já lá estavamos, para tratAr de levantar o dorsal e visitar a Expo Marathon. Depois dos preparativos pessoais fomos entregar o meu saco, e estavam lá milhares de atletas, mas tudo funcionou em poucos minutos nas imediações do Estádio Olimpico, onde foi o local da partida. Eram cerca de 9 horas, mas ainda estava muito frio, mas o sol estava a brilhar, não haviam nuvens, nem vento. Nesse momento fui até ao local da partida, dentro do estádio, enquanto a Amélia ficou nas tribunas.
Durante uns minutos levei para entrar, pois eramos milhares a entrar no estádio, e quando lá entrei senti a andrenalida a subir, e tudo cantava e pulava, não sò para aquecer, mas a música assim fazia aumentar o entusiasmo.
Entrei no meu local de partida com a letra E e cor laranja da bracelete, para atletas entre as 3;30 e as 4;30 h de prova. Na bracelte tinha um pequeno pormenor, que dava como informação e orientação os tempos de passagem aos 5 ; 10; 20 km etc, etc. Gostei deste pormenor da organização!
9;30h em ponto foi dada a partida! Que festa mágnifica! E em 2 minutos eu estava também a iniciar a minha 2ª maratona. Com 3 km estava no Voldelpark e deu-me a vontade terrível de urinar e como haviam àrvores com fartura foi fácil de encontrar o local apropriado, só que muitas outras estavam também ocupadas, porque haviam muitos interessados! Por essa altura já não sentia qualquer frio, e logo de seguida veio o Museu Real de Amsterdam, e durante todo esse trajecto eram milhares de pessoas que incentivavam os atletas, isto por volta das 10 horas da manhã. Tou mesmo a ver em Portugal nessa hora milhares de pessoas a saírem de casa para incentivarem os atletas.
Reencontrei a Amélia por volta dos 8 km, assim estava combinado, porque depois a corrida saía da cidade e só no retorno ela poderia ver-me de novo. O meu ritmo era muito bom 5 minutos e 15 segundos por km.
Pelos 13 km junto do
Canal Amstel, o elicóptero que fazia a cobertura para a Eurosport fêz um voo mais baixo, para tomar um plano da corida enquadrada com o canal, e simultânemante a captar imagens dos primeiros corredores, (certamente Quenianos!!) no lado oposto do canal e fiquei com a imagem de que eu estava a participar num evento de grande epectáculo, e de grande categoria internacional.

O meu andamento continuava muito bom, dentro daquilo que eu tinha idealizado. E vieram os 15 km. E vejo um equipamento com uma pequena bandeira portuguesa, com o nome António. Este é portuga, pensei eu e meti-me com ele...conversa puxa conversa, e se dava para conversar era que o ritmo era bom, e lá fomos até que o António (segue o nosso blogue e está na lista dos blogues dele). O António Alves que tem o blogue
Queroserumironman.blogspot.com , foi o meu companheiro entre os 15 e 28 km, e que dizer de um mundo pequeno como este!? António ainda vamos comer um frangainho ao Gordo a Torres Vedras e comemorar esta nossa corrida.
Passei (aliás passámos, eu e o António) a marca da meia maratona com 1 hora 50 minutos e 45 segundos, e a média por km estava na casa dos 5 minutos e 05 segundos. Óh pá o tiro está bom, mas tudo em redor estava bom. O canal Amstel cheio de gente a correr em ambas as margens, o sol brilhava, o sol tinha agora uma temperatura muito agradável, havia barcos tradicionais a navegarem com grupos de música para motivarem os atletas e animarem a festa da corrida. Excelente!!
Por volta dos 27 km lá estavam um grupo de amigos do Antònio, a incentivarem-(nos), com bandeiras portuguesas e a fazerem uma grande algazarra, tal como os outros milhares de pessoas do público. E antes dos 30 km o António foi embora, no ritmo dele e eu não tive a coragem dele e resguardei-me, dento dos meus limites e cálculos de forma a terminar bem a maratona.
Passei bem aos 30 km, com 2 horas, 36 minutos e 49 segundos, ainda dentro do ritmo que considerava normal e que eu estava sem qualquer cansaço físico ou desgaste. Um pouco mias à frente umas leves picadas na virilha e uma ligeira cãmbrea no músculo interior. Mas nada de alarmante, pois nesta ocasião fiz um abaixamento de ritmo, para ver o que se passava, e optei por manter um ritmo mais baixo nos próximos kilómetros. E assim fiz até que passei os 35 km já mais lento que anteriormente, e por volta dos 36, junto do Museu dos Trópicos, as câmbreas na zona das virilhas não me deixavam, fazer os passos muito largos, e ainda baixei um pouco mais o ritmo da corrida, de forma em não me lesionar. Pensei em em eventual publagia?! Então vamos mas é chegar à meta de forma tranquila!. E o ritmo dos últimos 6 km foi mais lento. Mas mantive-me sempre a correr, aquilo que não tinha acontecido em Roterdão, onde tive grandes bucados a passo.

Esse momento de alguma quebra deu para recordar, as recomendações do Fernando Andrade, do Joaquim Adelino, ou o incentivo da Ana Pereira, e do Carlos Lopes, e claro os conselhos e incentivos importantes da Amélia.
Passei no retorno pelo Museu Real e entrei de novo no Vondelpark, com o ritmo de quase 7 minutos por km, mas o excelente público e os muitos grupos de música incentivavam-me a manter a corrida num nível aceitável. Saí do Vondelpark 41 km e encontrei a Amélia, e recompuz mais algumas forças, para a emicionante ponta final. E cada vêz era mais e mais público, já nas emediações do estádio, e nem se sentem dores, nem se sentem pernas, só via lá do outro lado o arco final com a palavra Finish, e milhares de pessoas nas bancadas do estádio olimpico a fazerem uma festa maravilhosa. E o relógio ficou para mim nas 3 horas 54 minutos e 43 segundos, naquele que era o meu Record Pessoal, com cerca de 9 minutos mais rápido.
Em termos gerais fui o 422º entre 968 da minha idade (homens 50 anos). Terminei em 4638º de 9630 concorrentes, para além dos bussinessRun. Fiz a prova numa média de 10,786 km/h e 5 minutos e 32 segundos por km.
Por tudo isto que passei neste dia 16 de outubro, considero uma grande maratona!
E nunca é demais saber que há amigos que nos apoiam, de todas as formas nestas coisas, e também contribuí para a ajuda de uma causa, com a angariação de fundos de um hospital de criânças na Nigéria.
Obrigado a todos! E sempre, sempre um obrigado especial à Amélia que me "atura" nestas aventuras.